sexta-feira, 25 de julho de 2008

Cuidado com as presepadas..

Quem fizer presepada a partir de agora vai ser manchete nacional.

Explico.

A partir de setembro, www.cadeosgaletinhos.blogspot.com terá um link exclusivo no www.kibeloco.com.br , o melhor site de humor do país.

Convite de Antônio tabet, proprietário do site, que confidenciou estar incrédulo com tanta insanidade aqui relatada.

Em setembro será assim. Presepeou, o Brasil vai saber!

Sem mais.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

No circo, cada artista tem a sua virtude. O mágico é um ilusionista nato. Através de seus dotes, a realidade parece não existir e a fantasia salta aos olhos. O palhaço é a alegria em pessoa. Os motoqueiros do globo da morte representam a coragem. O malabarista, por sua vez, simboliza a habilidade. Não há, no mundo circense, ninguém mais habilidoso que os malabaristas. Pinos de boliches, bolas, laranjas, nada escapa de ser arremessado alternadamente para o alto por esses profissionais que possuem uma habilidade incomum.
Quantos malabaristas vocês conhecem? Eu, particularmente, não conheço nenhum. E nem o jovem, meu amigo, personagem da história de hoje, conhece. Aliás, a partir deste dia, acho que ele não quer mais conhecer nenhum. Contar-lhes-ei o porquê.

SÁBADO, 19 DE JULHO DE 2008.

Essa é atual, como podem ver na data acima.

O “forró da lua” é uma festa tradicional da cidade de São José de Mipibu. Com a proposta de tocar forró pé-de-serra em todos os sábados de Lua Cheia, o evento caiu no agrado popular e reúne jovens e adultos num ambiente rústico iluminado por lamparinas. Super agradável.
E meu amigo costuma ir a todos. Pretendia, inclusive, ir ao deste sábado que se passou, dia 19 de Julho de 2008. Pretendia. Eu falei pretendia.
Mas não foi. E a culpa é do Circo “Grokus”.
O Circo “Grokus”, genuinamente potiguar, se apresenta com freqüência na região metropolitana de Natal. Em natal, sua sede fica ao lado do Centro de Treinamento do Planalto, próximo de cidade satélite.
Nesse fatídico dia, o Circo iria se apresentar em São José de Mipibu com sessões a partir das 19:00. Coincidentemente, o mesmo horário em que começa o “Forró da Lua”.
Modesto que é, o circo não dispõe de transporte próprio para seus artistas, que se deslocam à própria sorte. O palhaço do circo, por exemplo, sempre vai de carona. Alguns outros integrantes vão de carro, outros de ônibus e por aí vai.
No caminho entre Natal e São José de Mipibu necessariamente a pessoa precisa passar pelo Posto da Polícia Rodoviária Federal localizada após a cidade de Parnamirim. E neste dia, os “federais” que estavam em greve, haviam voltado ao trabalho e montaram operações especiais em todo o Estado do Rio Grande do Norte, inclusive lá.
Quem passasse por lá muito provavelmente seria parado. E três motoristas foram abordados. Com dois deles, estava tudo regular. Um deles é meu amigo (mas não o jovem personagem). É outro. Foi ele quem me relatou a história. Ou seja: três foram abordados, mas dois estavam regulares. Quem estava irregular? Adivinhem? O malabarista do Circo “Grokus”, que, apressado para sua apresentação, esqueceu a carteira de habilitação em casa.
Travou-se o seguinte diálogo:

- Bom dia, senhor, carteira de habilitação e documento do carro por favor – Pediu o diligente Policial Rodoviário Federal.
- Meu senhor – explicou o malabarista – vou lhe pedir mil desculpas. Eu estou com o documento do carro aqui, mas, infelizmente, não vou lhe poder apresentar agora minha carteira de habilitação. Eu a esqueci em casa, pois saí muito apressado para o meu trabalho.
- Trabalhar agora, meu amigo? – Estranhou o Policial – São sete horas da noite de um sábado rapaz! Você ta me enrolando? O Senhor trabalha em que? Posso saber?
- Amigo, eu sou malabarista do Circo “Grokus” – Disse o malabarista.
Gargalhada geral entre os policiais.
- Eu não estou acreditando nisso não – disse o agora bravo policial – ALMEIDA, traz o bafômetro aqui que tem um cara dizendo que é malabarista, mas eu acho que na verdade é um PALHAÇO.
Lá vem o policial ALMEIDA com o bafômetro na mão.
- Ta vendo isso aqui, meu chapa? – disse o Federal apontando para o bafômetro – Se eu mandar você assoprar isso aqui, eu vou acabar com sua graça agora mesmo de dizer que é malabarista e você vai sair daqui PRESO, por que tenho certeza que você é um bêbado querendo fazer graça.
- Posso provar – defendeu-se o malabarista
- Provar?? – continuou o policial – pois agora eu quero ver! Se você conseguir fazer malabarismo aqui com esses objetos, eu acreditarei em você e deixarei você ir embora daqui.
- Ok – Concordou o artista.
E começou. O policial primeiro deu três livros ao malabarista. E ele conseguiu fazer. Deu-se mais três laranjas. E o malabarista, sem dificuldades, conseguia manusear os três livros e as três laranjas. Deu-se mais uma melancia a ele e ele contnuava sem problemas. De repente, ele estava no posto policial fazendo malabarismos com nada menos que três livros, sete laranjas, duas melancias e oito maçãs. Um verdadeiro espetáculo.
Formou-se um verdadeiro congestionamento na BR 101. Dentro de um desses carros estava o jovem, personagem de hoje, com um amigo. Ambos bêbados indo em direção ao “Forró da Lua”. Irritados com o trânsito lento e já próximos do posto da Policia Rodoviária Federal, meu amigo abriu a porta do carro e desceu pra ver o que estava acontecendo.
Ao descer, deparou-se com a seguinte cena: Um carro parado com a porta aberta e um homem jogando para o alto três livros, sete laranjas, duas melancias e oito maçãs, sendo observado por dois policiais (um deles com o Bafômetro na mão) e mais umas três pessoas olhando e os carros congestionados aguardando passar pelo Posto da PRF.
Assustado com a cena, o jovem, já cheio de cerveja na cabeça, correu para dentro carro, bateu a porta e disse para o amigo do lado:
- MEU AMIGO, VAMO SIMBORA DESSA PORRA AGORA MESMO, QUE ESSA FISCALIZAÇÃO DA LEI SECA TÁ UM ABSURDO MEU AMIGO! EU NÃO VOU PASSAR NEM NO BAFÔMETRO, IMAGINE EM MALABARISMO!
Deram marcha a ré e voltaram para casa, para NUNCA mais dirigirem bêbados.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Qual é o seu?

Apelido é coisa séria. Há apelidos que pegam, apelidos que não pegam. Apelidos maldosos e carinhosos. Há alcunhas de todo o tipo e para todos os gostos. E desgostos. Afinal, nem todo mundo gosta de ser apelidado, sobretudo quando a lembrança é depreciativa à sua conduta social. Tenho um amigo, por exemplo, que tem o apelido de Michael Phelps. Pra quem não sabe, Phelps é um gigante da natação mundial, o maior de todos os tempos. Nadar é com ele mesmo. A razão do apelido, na verdade, deveu-se (aliás devia-se, pois hoje o rapaz é comprometido) em razão da, digamos, falta de sorte deste jovem com as garotas. Então, quando o amigo ia às festas via todos os companheiros namorando e ele NADA. Nadou, é Michael Phelps. Pegou. O apelido, claro. Ele, não.
Mas a questão é a seguinte: se te apelidarem e você não gostar, camarada, disfarce. Minta que gostou, ou até mesmo ignore. Se demonstrar antipatia e se sentir incomodado, você terá dado a senha para que a turma se divirta. E seu apelido vai pegar, pode ter certeza.
Aconteceu com o jovem, que é o personagem do caso de hoje.
Apelidaram-no de “Caipirinha”. Não sei a razão, confesso. Mas de uma hora para outra, ele não podia passar na rua que um dizia: “Bora Caipirinha!!”. E o apelido pegou por que o amigo, que tem fama de pavio curto, começou a não gostar da alcunha que lhe deram. E como ele ficava ´futricas’ cada vez mais que chamavam o apelido, a coisa pegou de verdade. Seu nome passou a ser “Capirinha”. A contra-gosto.
Mas ele queria acabar com aquilo. Mas, o que fazer? Não podia matar as pessoas, nem tampouco convencê-las a não mais chamarem do famigerado “Caipirinha”. Optou pelas vias legais. Estava decidido a encerrar com o apelido que tanto o incomodava. Foi ao Juizado Especial com uma ação. O juiz deferiu a medida liminar. A partir de então, quem o chamasse de “Capirinha” pagaria a salgada multa de R$ 1.000,00 estabelecida pela decisão judicial. O jovem saiu do juizado especial bastante feliz e a notícia se espalhou. Agora ele estava com moral, pois ninguém mais o chamaria de “Caipirinha”.

Mas o mundo está cheio de espertos.

A notícia se espalhou muito rápido. O “Sindicato dos fãs do apelido de Capirinha”, no entanto, estavam decididos a não deixar morrer o mais simpático de todos os apelidos já existentes. “Capirinha não morrerá, encontraremos uma solução” garantiu o presidente do Sindicato, por sinal um dos melhores amigos de “Capirinha”. E a solução, enfim, foi encontrada um dia após a notícia se espalhar.

Com a liminar em mãos, “Caipirinha” resolveu passar na mesma rua onde se encontravam todos os amigos que o chamavam diariamente do odioso apelido. “Quero ver quem vai me chamar agora daquele apelido” disse ele a si mesmo. “Quem chamar, se tora” repetiu.

E lá vem “Caipirinha” na rua. Passa em frente ao grupo de 4 amigos, cumprimenta-os com um sorriso meio que triunfal de quem havia ganho uma batalha e foi saindo. Quando deu o primeiro passo se distanciando do grupo, “Caipirinha” escutou:

- ÁGUA – Gritou um
- AÇÚCAR – Gritou outro
- LIMÃO – Gritou o terceiro
- AGUARDENTE – Disse o último

E, nessa ordem, os jovens não paravam de falar. AGUA, AÇUCAR, LIMÃO e AGUARDENTE. AGUA, AÇUCAR, LIMÃO e AGUARDENTE. AGUA, AÇUCAR, LIMÃO e AGUARDENTE Foi aí que o jovem viu que, realmente, a coisa era muito mais difícil do que imaginava e, desolado, falou baixinho:

- Misture isso, pra vocês verem o que é bom, fila da puta, Misture pra vocês verem!!!!

Apelido é coisa séria, meus amigos.