sexta-feira, 31 de julho de 2009

Michael Joseph Jackson

Por não ter o costume (e principalmente tempo) de escrever todo dia, infelizmente passou sem registro neste pequeno espaço virtual o fato da morte de Michael Jackson. E diante disso, cobraram-me um texto sobre o Rei do Pop, meu ídolo e de todos aqueles que gostam de música pop, pois ele é o percussor nesse gênero musical. Sem a hipocrisia de só reconhecer alguém após o seu falecimento, como soe acontecer com todos os que não eram nada em vida e passam a ser depois que partem dessa para uma melhor, MJ não precisou disso.

Ele foi estrela durante a infância, um mito durante toda a sua carreira ainda em vida e Deus lá sabe a expressão de sua figura para a eternidade com a sua morte. Coisa de Elvis Presley, Beatles, pra lá. Michael Jackson superará todos eles em questão de referências e memórias musicais. O tempo dirá.

Uma vida totalmente louca, inusitada. Para se ter uma pequena idéia, seu velório ocorreu após a missa de sétimo dia. Um ninja.

Não tenho muito a escrever sobre o Michael. Basta digitarem aí no google que vocês encontram as mais inusitadas histórias sobre ele. No entanto, como conselho, assistam o clipe “Beat It”, um de seus clássicos.

Relatarei e vocês verão do que Michael Jackson era capaz.

Essa música, dizem, é um desabafo de Michael. À época de sua composição, o astro recebia várias críticas (aliás em toda sua vida ele recebeu críticas, injustas críticas), e, no auge dos ataques que sofria, o aconselhavam a abandonar a vida artística. O hit, então, é um relato de Michael explicando que apanhava de todos os lados e as pessoas o aconselhavam a Beat it (cair fora) dessa vida, o que, para alegria dos fãs, isso nunca aconteceu.

Antes de lerem o que escreverei abaixo, entrem no Youtube e busquem o clipe de “beat it”. É fácil.

O clipe é hilário. Trajando roupas típicas dos anos 80, duas gangues rivais estão em lados opostos da cidade, arquitetando uma briga em algum galpão. A câmera mostra os integrantes das gangues (por volta de 30 cada um), e principalmente o líder. Cada gangue tem o seu líder.

Uma delas é liderada por um rapaz negro, com óculos Ray Ban parecido com os que Tom Cruise usaria pouco tempo mais tarde em “Top Gun” (Cuja música título “Take My Breath away” dominava a sessão de música lenta das festas americanas que havia nos colégios – escreverei sobre essas festas americanas em breve...), trajando uma jaqueta com um símbolo que não consigo identificar (quem souber, me ajude), calça vermelha apertada.

A outra gangue é liderada por um loiro.

As gangues são rivais mas dá pra perceber claramente o seguinte: os caras são maus, truta. Se liga no que eu tô te dizendo. Os caras são maus mesmo. Não tão nem aí pra nada. São maus mesmo. Se tem alguém mau nesse mundo, são esses caras aí que estão no clipe que vocês vão ver ou já viram. Maldade. Tem ninguém bonzinho não.

Os rivais andam pela cidade (todos, já falei, muito maus), em direção ao galpão onde provavelmente (eu falei provavelmente) brigarão feio. Digo provavelmente pois o clipe se desenvolve todo sob esse contexto: São caras maus, vestem-se de forma mal, andam com instrumentos que parecem ser maus e caminham em bandos pela madrugada em direção a algum destino, todos com cara de mau. Então, vão brigar feio, né não? Acho de coração que sim.

Enquanto tudo isso que estou contando acontece, o clipe mostra lances esporádicos de Michael Jackson andando e dançando sozinho pela cidade. Ora está no bar onde uma das gangues estava, ora está num salão onde a gang estava. Ora está na rua. Ora está andando pelo mesmo caminho por onde as gangues passaram. A conclusão que se extrai é que o nosso astro está seguindo a trilha dos dois grupos e indo em direção a onde eles estão.

Quer encontrá-los, por alguma razão que desconheço, pois os caras são muito maus e MJ não parece mau. Ele parece feliz pra caracoles. Em toda situação que ele aparece no clipe, está dando chutinho pro alto (característico dele), rodando (característico dele), botando o bumbum pra requebrar e cantando, em play back, a música do clipe:

Just beat it, beat it, beat it, beat it
No one wants to be defeated
Showin' how funky and strong is your fight
It doesn't matter who's wrong or right
Just beat it, beat itJust beat it, beat itJust beat it, beat itJust beat it, beat it


Quando as gangues se encontram (enquanto Michael rodopia por aí), o momento é de tensão. As duas surgem de lados opostos do galpão onde marcaram o encontro, abrem as portas da garagem e ficam frente a frente para brigarem.

O líder de cada uma das gangues toma à frente e ficam cara a cara. Nenhuma palavra é dita. Os dois, então, têm uma das mãos amarradas com um pano ao outro, ficando com a mão esquerda livre, onde seguram, cada um, uma faca afiada.

Começa-se o ritual. Parece que a briga vai acontecer mesmo. Dão um passinho pra trás, Dão outro. E começam a se estudarem, ensaiando alguns golpes com a faca.

Os dois estão no início da briga, mas, ao alto do vídeo, aparece Michael Jackson numa porta no lado de cima do galpão. Inesperadamente ele já está no meio dos dois brigões e entre as duas gangues. Amigos, eu vou tentar explicar onde está Michael Jackson: O truta do Michael está no meio de duas gangues MUITO, MAS MUITO MÁS e prestes a começarem um quebra-pau daqueles. E mais ainda: MJ está no meio do chefe delas duas, os caras mais maus entre os caras maus que estão ali reunidos.

Para estar ali, numa posição de mais alto risco devidos as circunstâncias, esse cara só pode ser duas coisas: a) É um suicida ou b) É um Rei.

Letra “B”. É um rei. E do Pop.

Michael Jackson com seu poder sobrenatural toca nos ombros dois líderes (que era muito maus), olha nos olhos de cada um deles e resolve a parada. Os caras simplesmente esquecem a briga, esquecem as desavenças, esquecem a maldade que lhes consumia os corações, esquecem que se odeiam, esquecem que são maus, esquecem de tudo de ruim que lhes consumia.

E começam a dançar. Mas não qualquer dança.

Uma dança de Michael Jackson, as quais o mundo todo tentou imitar e não conseguiu e que, agora, ele levou para todo o céu junto com ele dançar.

Afinal, Who´s bad?

Ninguém perto de Michael Jackson.

Aaaaaaauuu!


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Nota:

Estão todos convidados para irem, hoje, ao Budda Pub. Tributo a Michael Jackson, com a banda VnV. Se virem um cidadão com um chapéu branco, um blazer com uma faixa branca no braço e uma luva branca com diamantes, cumprimentem-no. Será este blogueiro.

Budda Pub hoje a partir das 22:30.

2 comentários:

Unknown disse...

amigo, como sempre adorei sua postagem.. entretanto vc cometeu um erro grosseiro... o clipe que vc descreve é BAD e não Beat It.
kkkkkkkkkkkkkkkk

Anônimo disse...

O clipe descrito é "Beat It" mesmo. O camarada Marcelo que está equivocado. "Bad" é o segundo clipe de MJ com gangues!!!